Notícias Media Center

Cortiça é sinónimo de qualidade de um vinho

Cortiça é sinónimo de qualidade de um vinho

15 Jul / 2014   Corporativas

As conclusões de um estudo sobre o mercado de vedantes, realizado pela Tragon, uma consultora de sondagens líder nos EUA, indiciam muito boas perspectivas para a indústria de cortiça. De uma forma generalizada – e em alguns países até inesperada – o vedante natural é apontado como a opção para vinhos de qualidade. Na Alemanha, 93% dos consumidores identificam a rolha de cortiça como sinal de maior qualidade, um valor que desce para os 85% na Austrália, mas que se assume de uma enorme importância, dado que este é um dos países que esteve na génese do aparecimento de vedantes artificiais. Este fato reflecte-se naturalmente num preço mais elevado para os vinhos engarrafados com cortiça e está em linha com o estudo da AC Nielsen nos EUA, segundo o qual os vinhos com cortiça são valorizados no ponto de venda, podendo a diferença de valor atingir os 1,10 dólar / garrafa.

É, também, nos EUA que se mantém uma perceção muito positiva do vedante natural, um sentimento que tem vindo a aumentar desde 2004, ano em que a Tragon realizou este estudo pela primeira vez. À semelhança da Alemanha, 93% dos consumidores norte-americanos acreditam que a cortiça é sinónimo de um vinho de qualidade e 50% dos inquiridos – deste que é o maior mercado de vinho do mundo – indicam que os screwcaps podem ser solução para vinhos de baixa ou muito baixa qualidade. Neste contexto, apenas 11% dos consumidores norte-americanos acredita que o vinho de alta qualidade pode ser vendido com screwcap.

Na Austrália, e em comparação com o que se verificava há 10 anos atrás, a cortiça natural é cada vez mais preferida para ocasiões onde o preço médio de venda é mais elevado, nomeadamente uma ocasião especial ou um jantar, mas menos aceite para vinhos correntes. Conclusões semelhantes são reforçadas por um outro estudo recentemente apresentado na China. Conduzido pela O-I (o maior fabricante mundial de garrafas de vidro) e pela Ubifrance, apresenta também conclusões altamente benéficas para a cortiça. Este é um mercado onde tanto profissionais como consumidores se mostram totalmente avessos aos vedantes de plástico – que não garantem estanquicidade e anulam alguns dos aromas do vinho – e às screwcaps – que deturpam o gosto do vinho.

“Em todos os mercados, o consumidor perceciona os vinhos que têm uma rolha de cortiça natural como sendo de maior qualidade comparativamente com os que estão vedados com screwcap”, destaca Rebecca Bleibaum, investigadora da Tragon e uma das oradoras da Wine Vision, uma importante conferência internacional dedicada ao vinho, onde esteve também António Rios de Amorim, como orador de um painel dedicado ao mercado dos EUA.

Com tópicos que incluíram fusões e aquisições, mercados emergentes,a renascença da cortiça e o consumo de vinho na Ásia, a Wine Vision – organizada pela William Reed Business Media – é já considerada a maior conferência internacional de vinho. Durante três dias foi debatida a agenda que marcará o futuro do setor por mais de 80 oradores, incluindo nomes como Christophe Salin (Les Domaines Baron de Rothschild), Rick Tigner (Jackson Family Wines), Christian Seely (AXA Milesimes), Margareth Henriquez (Krug – Maison de Champagne), Adrian Bridge (The Fladgate Partnership), Paul Symington (Symington), Ted Baseler (Ste. Michelle Wine Estates) Dennis Canute (Rusden Wines), David Pearson (Opus One Winery) e ainda de personalidades como Miguel Torres e Piero Antinori.